Conforme o bebê vai crescendo, cresce também a ansiedade dos pais e mães sobre o que dar além do leite materno.
A fase da introdução alimentar gera muitas dúvidas sobre quais os primeiros alimentos, quantidade, quais são os alimentos saudáveis, entre outras coisas.
Para auxiliar nas informações, elencamos algumas dicas a respeito do assunto.
Entretanto, vale ressaltar que a conversa com um especialista da área é indispensável. É o pediatra quem dará todas as orientações específicas de acordo com cada bebê.
O que é introdução alimentar
Chamamos de introdução alimentar a fase em que o bebê dá início à alimentação complementar.
Trata-se de uma alimentação complementar ao leite materno e não de uma substituição.
Nessa fase, que pode durar até um ano, dependendo da criança, os alimentos oferecidos não suprem totalmente as necessidades do bebê.
Quando deve ter início a introdução alimentar
A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam que no sexto mês de vida seja iniciada a introdução alimentar, com ressalvas se o bebê tiver nascido de forma prematura e de acordo com a avaliação do pediatra.
Um empecilho que as mulheres enfrentam é a licença-maternidade que dura apenas quatro meses, e o aleitamento segue pelo menos até os seis meses. A logística nesses casos fica complicada, mas o bebê necessita se desenvolver.
Dessa forma, deve-se ordenhar e congelar o leite materno, para ser oferecido ao bebê em uma mamadeira ou copinho, a depender da orientação do pediatra. Leia também Por que o aleitamento materno é tão importante?
Alguns bebês, adaptam-se melhor à mamadeira por ser mais similar ao bico do peito, apesar do copinho ser o mais indicado.
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Por que a introdução alimentar deve ser iniciada somente a partir dos seis meses
Nos seis primeiros meses de vida do bebê, o leite materno e a fórmula indicada pelo pediatra, nos casos de impossibilidade de amamentação, suprem todas as necessidades de nutrientes.
Ao mesmo tempo, o organismo da maioria dos bebês, antes dos seis meses, ainda não está pronto para digerir outros alimentos. Uma prova disso é o reflexo de protrusão, quando o bebê usa a língua para colocar para fora da boca qualquer coisa que não seja o leite.
A partir dos seis meses, o sistema imunológico já está preparado para receber novos nutrientes e proteínas, os rins já podem filtrar maiores quantidades de sódio e as enzimas e bactérias intestinais já estão prontas para proteger o bebê para os casos de infecções. Por isso, é importante esperar essa formação.
5 sinais de que o bebê está pronto para introdução alimentar
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Tem interesse e curiosidade pelo que você come;
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Consegue sustentar a cabeça e o tronco, além de conseguir sentar sem apoio;
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Segura objetos com as mãos;
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Reduziu ou eliminou o reflexo de protrusão;
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Faz os movimentos de mastigação (mesmo que não tenha dentes).
Toda introdução alimentar deve ser feita de forma cautelosa, pois o bebê irá experimentar uma série de sabores, texturas e temperaturas diferentes do leite materno.
Aos poucos ele vai se adaptando e selecionando o que mais gosta e o que não gosta. Essa fase é apenas um complemento da nutrição, por isso, é importante não forçar e dar espaço para angústias. Apenas dar tempo ao tempo.
O que oferecer
Podemos oferecer todos os grupos alimentares: água, cereais, legumes, tubérculos, carnes, frutas e verduras. Em pequenas quantidades durante as refeições.
Os alimentos podem ser dados como papinha, amassados com garfo, cozidos ou picados para que a criança segure com as próprias mãos, sempre acompanhada de um adulto.
A variedade e a forma com que os alimentos são oferecidos influenciam na formação do paladar e na relação da criança com a alimentação.
Pode ser que, a princípio, a criança estranhe ou recuse alguns alimentos. Entretanto, esse processo deve ser feito gradativamente, já que cada sabor é uma nova experiência e descoberta.
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Ofereça água para hidratar o bebê;
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Frutas são boas, mas, escolha as com mais fibras e menos frutose, evitando sucos de frutas;
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Cuidado com a quantidade de sódio nos temperos, portanto, somente temperos naturais;
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Ovo somente bem cozido, para evitar a contaminação por bactérias;
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O açúcar deve ser evitado até os dois anos de idade, então não adicione nas saladas de frutas, leite ou papinhas;
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Mesmo o mel tem de ser evitado até o primeiro ano, pois o sistema imunológico do bebê ainda não combate a bactéria Clostridium botulinum, presente no alimento e responsável pelo botulismo infantil.
Nesse momento, é importante estar sempre atento aos sinais de saciedade da criança e jamais forçar a alimentação. Afinal, tudo é novo para o bebê.
Naturalidade e paciência
Quanto mais natural for a introdução alimentar e respeitando o tempo de adaptação do bebê, maiores serão as chances de a criança ter um desenvolvimento saudável com a alimentação.
É sempre bom lembrar também que a criança que come alimentos saudáveis e adequados quando pequena tem mais chances de se tornar um adulto consciente para fazer boas escolhas alimentares.
Esse processo de consciência tem início nos primeiros 1000 dias de vida e exige paciência, amor e muita dedicação. No entanto, gerar hábitos alimentares saudáveis e com maior qualidade de vida para a criança são esforços que valem a pena.
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