A campanha Outubro Rosa, iniciada na década de 90 e divulgada anualmente, teve o laço rosa – seu símbolo mais conhecido – difundido inicialmente em uma “Corrida pela Cura” promovida nos Estados Unidos.

Do fim do século XX para cá, outubro se tornou o mês dedicado ao alerta de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Felizmente, o movimento alcançou proporções mundiais (atualmente incluiu-se a prevenção ao câncer de colo de útero como de semelhante relevância) e já se tornou um símbolo de união de diferentes povos em prol dessa nobre causa.

 

Estatísticas

Os dados são preocupantes: o câncer de mama ocupa o segundo lugar em número de incidência, ficando atrás apenas do câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é que 66.280 novos casos surjam no Brasil este ano, o que representa 29,7% do total de casos de câncer em mulheres em todo o país.

A doença também pode atingir os homens – apesar de ter um risco de incidência infinitamente menor – cerca de um para mil. Tanto que o Inca nem mesmo divulga estatísticas oficiais a respeito.

Quanto às taxas de mortalidade no país, em 2018 já se aproximava de 18 mil o número de mulheres vítimas dessa doença, enquanto entre os homens, esse número chegava a 189.

 

Fatores de Risco

Alguns dos principais fatores de risco do câncer de mama estão relacionados a:

Genética e/ou hereditariedade

Histórico familiar, ou seja, casos de câncer na família, em especial antes dos 50 anos.

Histórico reprodutivo/ hormonal

Não ter tido filhos, primeira menstruação precoce ou menopausa, primeira gravidez tardia ou alterações hormonais por uso de medicamentos.

Fatores ambientais e comportamentais

Como obesidade/ sobrepeso, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas ou exposição a Raios-X, por exemplo.

Apresentar um ou mais fatores de risco, no entanto, não significa necessariamente que a mulher vá desenvolver a doença. Mas, sem dúvida alguma, ao encaixar-se em uma das probabilidades apontadas, a atenção com o autocuidado precisa ser redobrada.

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Fatores de Prevenção

Pode parecer clichê, mas, assim como qualquer outra doença, a prevenção ainda é o melhor caminho. Estudos mostram que atitudes simples, básicas e frequentes de autocuidado – tais como alimentar-se de forma saudável, praticar regularmente atividades físicas, evitar hormônios sintéticos e bebidas alcoólicas, e mesmo o ato de amamentar o maior tempo possível – podem reduzir em aproximadamente 30% os casos de câncer de mama.

Um detalhe importante a observar: apesar da amamentação ser considerada um fator de proteção, não significa que deixar de amamentar vá colocar a mulher em risco de desenvolver câncer de mama.

Confira algumas Dicas de como prevenir o câncer de mama.

 

Sinais e Sintomas

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, tumores de mama quase sempre são indolores. Então, não espere sentir dores para procurar um médico.

Fique alerta aos sinais mais comuns que são:

  • Aparecimento de um nódulo ou nódulos palpáveis na mama,

  • Alteração no aspecto (formato) e cor da pele das mamas ou nos mamilos;

  • Nódulos no pescoço e/ ou axilas, ou mesmo saída espontânea (e anormal) de líquido pelos mamilos.

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Detecção Precoce

Os maiores trunfos no combate ao câncer de mama ainda são a prevenção e a detecção precoce, por meio da observação constante das próprias mamas e também pelo autoexame, que deve ser feito cerca de sete a oito dias após o início da menstruação. Em caso de suspeita de algo anormal, deve-se procurar o quanto antes o serviço de saúde mais próximo, para exames mais precisos.

Saiba como fazer o autoexame lendo nosso artigo Outubro Rosa: Como fazer o autoexame de mama.

É recomendado que, mulheres com mais de 40 anos façam anualmente mamografia ou ultrassom de mama para detecção precoce e prevenção. Antes dos 40, o autoexame costuma ser suficiente e os exames mais completos apenas caso observe alguma alteração.

Caso não sinta segurança para realizá-lo da forma correta, procure o serviço de saúde e solicite ajuda nesse sentido. Atualmente, o SUS conta com atendimento gratuito para esses casos, desde exames e um diagnóstico inicial, até o fim do tratamento, independentemente do grau de gravidade da doença.

 

Diagnóstico

Ao localizar um nódulo ou qualquer outro sintoma suspeito, é imprescindível procurar um médico para o devido diagnóstico. Além do exame clínico das mamas, podem ser utilizados exames de imagem ou mesmo punção, seguida de biópsia, para uma investigação mais detalhada. Partindo dos resultados, o médico indicará o melhor tratamento, pois quando se fala em câncer, cada caso é único, e precisa ser tratado conforme suas especificidades.

 

Tratamento

O tratamento do câncer de mama depende diretamente do tipo do tumor e do estágio em que a doença se encontra, podendo envolver cirurgias de retirada (parcial ou total) da mama, terapia biológica e sessões de quimio e/ ou radioterapia. Nos casos de mastectomia (retirada das mamas), o SUS oferece também a reconstrução mamária, por questões estéticas e emocionais da paciente, posteriores à ocorrência da doença.

As probabilidades de cura são inegavelmente maiores, nos casos em que a doença é descoberta em fases iniciais; já quando há metástases, o foco do tratamento normalmente gira em torno do bem-estar da paciente pelo maior tempo possível e em sua qualidade de vida, dados os efeitos colaterais que o tratamento pode causar.

Muito mais que simplesmente informar, o alerta mais importante a ser dado ainda precisa ter objetivo de sensibilizar, com o intuito de que as mulheres se cuidem cada vez mais. Câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser prevenida, tratada e muitas vezes curada, quando descoberta a tempo. E fica o recado: Se ame, se cuide… Se toque!

 

Você conhece alguém que está travando a batalha ou já venceu o câncer de mama? Compartilhe conosco sua experiência!