A partir do século IV foram documentados vários relatos de casos estudados, ao longo da história, de corpos humanos preservados naturalmente da deterioração que, comumente, afeta todo organismo poucos dias após a morte. Essa característica de preservação natural é chamada de incorrupção e esses casos, geralmente, estão ligados à religião.

Mártir Nazaré

O primeiro documento de autenticidade de incorrupção é uma carta de Santo Ambrósio, que no século IV era bispo de Milão, para Santo Agostinho, que era bispo de Hipona. A carta conta que o mártir Nazaré, que mesmo depois de 200 anos do martírio, no túmulo, a cabeça, que foi decepada pelo inimigos, estava em perfeito estado e ainda emanava sangue vivo.

 

Madre Inês de Jesus
A priora de Langeac (França), que faleceu em outubro de 1634, teve seu corpo exumado para beatificação e este foi encontrado sem sinal de decomposição e até 1770 cientistas declaravam o caso inexplicável.

 

São Vicente de Paula
Falecido em 1660, foi exumado em 1712 para sua canonização. Aberto o túmulo, segundo uma testemunha ocular “tudo estava como quando foi enterrado”.

 

Beata Maria Ana de Jesus
Pouco depois de sua morte em Madri, em 1642, o bispo de Málaga, que a conheceu em pessoalmente, declarou que o corpo estava “tão perfeitamente conservado que sequer o abdômen e nem as faces ofereciam sinal de deterioração, com exceção de uma mancha nos lábios, embora essa já a tivesse em vida.” Após 107 anos de sua morte, uma inspeção oficial e mais completa atestou que seus restos mortais se apresentavam suaves, flexíveis e elásticos.

 

Mártir Jesuíta André Bobola
Foi açoitado e ultrajado pelos cossacos, por recusar-se a aceitar o cisma russo. Seu cadáver mutilado foi jogado numa esterqueira, recolhido e enterrado às pressas por católicos na cripta da Igreja dos Jesuítas em Pinsk. Após 44 anos, o corpo foi encontrado exatamente no mesmo estado em que foi depositado e 70 anos depois da morte, especialistas confirmaram as declarações.

 

Santa Madalena Sogia Barat
Faleceu em 1865 e, depois de 28 anos seu corpo foi encontrado quase perfeitamente inteiro, embora o ataúde estivesse parcialmente podre e recoberto de mofo.

 

Bernadete Soubirous
A vidente de Lourdes faleceu em 1879, aos 34 anos. Passados 30 anos, seu corpo foi exumado e uma testemunha afirma: “Não havia o menor indício de corrupção. Seu rosto aparecia levemente escurecido e os olhos um tanto afundados, parecendo estar dormindo.”

 

Há pelo menos menos 50 casos bem estudados de ausência de rigidez cadavérica entre santos da igreja católica, desde o século XII até nossos dias. É muito mais difícil para a ciência encontrar uma explicação para tal preservação em caminho mais aberto para a igreja afirmar o fato como miraculoso.

 

Fonte: Revista de Parapsicologia 30, elaborada pelo Clap – Centro Latino Americano de Parapsicologia