*Artigo atualizado em 16/03/2020
Com o objetivo de preparar a rede pública de saúde para doença respiratória causada pelo coronavírus, o governo brasileiro vem adotando medidas de preparação, orientação e controle para um possível atendimento de casos suspeitos no país.
A Anvisa, que integra o Centro de Operações de Emergência (COE) – Coronavírus, que foi instituído no dia 22/01 pelo Ministério da Saúde, está acompanhando as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Quando foi escrito este artigo (05/02/2020), não havia recomendação de restrições de viagem, mas a agência já havia preparado informes sonoros com orientações aos viajantes para divulgação em aeroportos.
O Ministério da Saúde informou no último domingo (15/03) que há 200 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil e o país ainda investiga mais de 1,4 mil casos suspeitos de coronavírus.
O que é coronavírus?
Conhecido desde meados dos anos 1960, trata-se de uma grande família viral comum em animais.
Sintomas
Em humanos, causa infecções respiratórias brandas a moderadas, de curta duração, semelhantes a um resfriado comum. Tosse, dor de garganta, coriza e febre são os sintomas mais comuns.
Em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido ou em bebês e idosos existe a possibilidade de o vírus causar infecções das vias aéreas inferiores, como pneumonia.
Modo de transmissão do coronavírus
A principal forma de transmissão é por meio de contato próximo com pessoas infectadas.
O período de incubação do coronavírus é de 2 a 14 dias. Já o período de transmissão ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. Durante o período de incubação e em casos assintomáticos, os coronavírus não são contagiosos.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, com avaliação do profissional de saúde e análise dos sintomas.
A confirmação da presença do vírus pode ser feita por meio de exames de sangue, fezes e/ou secreções nasais, através de testes sorológicos, PCR e cultura viral.
Em casos mais graves, que são raros, pode ser necessária a internação do paciente. O diagnóstico e exames são feitos pelo profissional de saúde, de acordo com a situação de cada caso.
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Tratamento
Não existe um tratamento específico. O recomendado é procurar um médico para avaliar os sintomas e acompanhar a evolução do quadro.
No caso dos coronavírus humanos comuns, a maioria das pessoas se recuperam sozinhas após alguns dias, com repouso e consumo de bastante água. Porém, algumas medidas podem ser adotadas para aliviar os sintomas, como:
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Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos)
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Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse
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Ingestão de líquidos
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Repouso
Prevenção
Como não existe vacina contra o coronavírus, para reduzir a chance de contaminação, o recomendado é evitar o contato com pessoas doentes. Para prevenir:
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Lave com regularidade as mãos (por pelo menos 20 segundos, utilizando água e sabão), principalmente após passar por estabelecimentos ou transportes públicos.
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Evite tocar nos olhos, no nariz e na boca.
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Cubra o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar (e descarte o material em local adequado).
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Evite aglomerações e contato próximo com outras pessoas.
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Não compartilhe copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
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Dependendo do local, compre e use máscaras que cobrem boca e nariz.