Muita gente associa o geriatra apenas à velhice, mas essa é uma visão equivocada.

Saber quando procurar um geriatra pode auxiliar na sua qualidade de vida, e não é preciso esperar a terceira idade para marcar essa consulta.

Na verdade, o cuidado preventivo com esse especialista pode começar bem antes, ainda na casa dos 30, 40 ou 50 anos, quando o corpo inicia mudanças que merecem atenção.

O que faz um geriatra

O geriatra é o médico especializado no cuidado do paciente de forma global, considerando não só doenças, mas todo o contexto físico, mental e social.

Ele atua tanto no diagnóstico e tratamento quanto na prevenção de problemas que se tornam mais comuns com o envelhecimento.

Ao entender quando procurar um geriatra, você garante um acompanhamento que integra aspectos clínicos, cognitivos, emocionais, funcionais e até mesmo espirituais.

Esse olhar abrangente é especialmente importante porque, com o passar do tempo, é comum surgirem múltiplas condições simultaneamente, como hipertensão, diabetes, dores crônicas e questões emocionais.

O geriatra ajuda a coordenar o tratamento, evitando que um problema impacte outros sistemas do corpo.

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Por que procurar antes da velhice?

O envelhecimento começa mais cedo do que parece. A partir dos 30 anos, o corpo atinge seu pico de desempenho e, pouco a pouco, inicia mudanças naturais. Aos 40 e 50 anos, doenças silenciosas podem aparecer sem causar sintomas imediatos.

É aí que entra a importância de saber quando procurar um geriatra: começar o acompanhamento cedo aumenta as chances de prevenir complicações e manter a autonomia por mais tempo.

Muitos pacientes só chegam ao consultório do geriatra quando já estão em estágios avançados de doenças, algo que poderia ter sido evitado com consultas regulares anos antes.

O especialista pode atuar também como clínico geral, orientando sobre alimentação, exercícios, hábitos de sono e estratégias para um envelhecimento saudável.

Situação atual da população idosa no Brasil

A população idosa (60 anos ou mais) no Brasil cresceu 56% entre 2010 e 2022, segundo o Censo Demográfico Brasileiro de 2022, atingindo cerca de 32 milhões de pessoas, o equivalente a 15,6% da população total.

Esse envelhecimento acelerado reforça a importância de refletirmos sobre quando procurar um geriatra, especialmente para enfrentar os desafios de uma população crescente com demandas complexas de saúde.

Apesar desse avanço populacional, o Brasil ainda conta com apenas 1,49 geriatras por 100 mil habitantes — um total de 3.167 especialistas no país, segundo dados da Demografia Médica Brasileira 2025.

Mesmo com um crescimento de 378% desde 2011, a proporção de especialistas continua muito abaixo do ideal frente ao envelhecimento populacional.

Esses números reforçam a urgência de saber quando procurar um geriatra, pois o acesso a cuidados especializados ainda é limitado.

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Sinais de que está na hora

Embora o ideal seja buscar auxílio antes mesmo de sentir problemas, existem situações que indicam claramente quando procurar um geriatra:

  • Presença de múltiplas doenças crônicas.
  • Uso de vários medicamentos de forma contínua.
  • Quedas frequentes ou perda de força muscular.
  • Alterações de memória ou raciocínio.
  • Cansaço excessivo e dores persistentes.
  • Mudanças emocionais, como depressão ou ansiedade.

Mesmo sem esses sinais, fazer um check-up preventivo é um investimento no seu futuro.

O papel preventivo

A grande vantagem de entender quando procurar um geriatra é aproveitar o potencial preventivo dessa especialidade.

O médico avalia o paciente na totalidade, identificando riscos antes que eles se transformem em problemas graves. Isso inclui ajustes na rotina, recomendações personalizadas e encaminhamentos para outros especialistas quando necessário.

Ao pensar no envelhecimento com antecedência, você garante mais vitalidade, independência e bem-estar para as próximas décadas.

Formação e frequência das consultas

Ao decidir por procurar um geriatra, é importante saber que esse profissional é um médico graduado, geralmente com residência em clínica médica e especialização em geriatria reconhecida pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Essa formação garante que ele tenha uma visão ampla do paciente e esteja atualizado sobre as melhores práticas para o envelhecimento saudável.

Mesmo que você não apresente sintomas, o ideal é consultar o geriatra uma vez por ano a partir dos 40 ou 50 anos. Esse acompanhamento periódico permite ajustar tratamentos, rever hábitos e identificar alterações precocemente.

Em casos de doenças crônicas ou mudanças significativas na saúde, a frequência pode ser maior, conforme orientação médica.

O segredo é não esperar

Não espere a “idade avançada” para se perguntar quando procurar um geriatra. Aos 40, 50 ou 60 anos, ou até antes, essa decisão pode significar a diferença entre apenas tratar doenças ou viver de forma ativa e saudável.

A prevenção é sempre o melhor caminho, e o geriatra é o aliado ideal nessa jornada.

E você, leitor, já consultou algum geriatra? Compartilhe sua experiência conosco deixando um comentário em nossas redes sociais. Você poderá ajudar outras pessoas!

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